Compreender as coisas, significa uma tentativa de retomar o 'retorno às coisas' de Husserl tendo em conta as dissidências de Heidegger e de Derrida, por um lado, e as cinco principais descobertas científicas do século XX, por outro. Estas descobertas são retidas por um critério interno à fenomenologia que é assim reformulada (filosofia com ciências): teoria do átomo e da molécula, no domínio das ciências dos astros; biologia molecular, no domínio das ciências da vida; teoria do interdito do incesto e da correlativa exogamia como laço social primordial (Lévi-Strauss), no domínio das ciências das sociedades; dupla articulação da linguagem (Martinet), no domínio das ciências da linguagem; teoria tópica das pulsões (Freud), no domínio das ciências do psiquismo. Cada um destes domínios é caracterizado por um duplo laço, de que o mais estrito, da ordem da dinâmica energética, é respectivamente as forças nucleares atómicas, o ADN das células, as pulsões sexuais não-conjugais interditas nas unidades de habitação, os fonemas e as letras do alfabeto, as pulsões recalcadas inconscientes. Quatro grandes evoluções históricas se desenham assim: a do cosmos e da terra, a da vida terrestre, a das sociedades humanas e a das suas textualidades no Ocidente e na Ásia, a que se acrescenta a evolução histórica de cada vida humana. (F. Belo)
Há um 'manifesto' que expõe os principais argumentos no blog 'filosofia.com.ciências' (e em francês no 'philo.avec.sciences')
Há um 'manifesto' que expõe os principais argumentos no blog 'filosofia.com.ciências' (e em francês no 'philo.avec.sciences')
Gostei mesmo do seu texto no Público de ontem. Pela primeira vez li alguma coisa numa perspectiva sobre a qual tenho escrito.
ResponderEliminarhttp://existenciasustentada.blogspot.com
A "revisão" da nossa Sociedade urge e passa muito pelo reconhecer que o trabalho (e o rendimento) terá de ser mais distribuído. E por boas razões: nas últimas dezenas de anos passamos a produzir muito mais em muito menos tempo de trabalho. Mas, em vez de colocar milhões no desemprego temos que passar a trabalhar (cada um) menos, subido a sua qualidade de vida (não de rendimento) e de felicidade individual.
Trabalho: http://existenciasustentada.blogspot.com/2010/09/19-trabalho.html