Há um 'manifesto' que expõe os principais argumentos no blog 'filosofia.com.ciências' (e em francês no 'philo.avec.sciences')
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Há um 'manifesto' que expõe os principais argumentos no blog 'filosofia.com.ciências' (e em francês no 'philo.avec.sciences')
domingo, 14 de agosto de 2011
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4.Vou citar uma passagem do teu livro La philosophie avec sciences au XX siècle publicado na editora francesa L’Harmattan em 2009, p.13: “Não se trata aqui de filosofia das ciências. Pois a astúcia reside em restituir à filosofia a amplitude que tinha antes da separação kantiana – que trouxe a autonomia às ciências, libertando-as da metafísica (o que foi um grande bem!), e especializou a filosofia nas tarefas gnoseológicas – a astúcia de fechar dois séculos mais tarde este parêntese kantiano e de fazer aproveitar à nova fenomenologia a dimensão filosófica das diversas ciências que se manifesta nas suas descobertas.”
Poderemos então dizer que as ciências precisam de novo de compreender o que nelas se inscreve filosoficamente após dois séculos do processo de libertação em relação à metafísica inaugurado com Kant?*
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*Por motivos técnicos a questão 4 não foi registada em vídeo.
8ª questão. A filosofia das ciências parece-me encontrar uma dificuldade - o que também pode ser um grande bem! Desde que leve ao pensar. Uma dificuldade, dizia, que se marca por uma vantagem e uma desvantagem. A vantagem é a de , por um lado, servir de reflexão acerca dos pressupostos que orientam as ciências e suas descobertas, na pretensão de as apoiar nos seus fundamentos filosóficos (e metafísicos?). A desvantagem é a de, por outro lado, servir-se delas para desenvolver as suas pesquisas, mas mantendo-se aquém, uma vez que aquelas ganham sempre, duma maneira geral, mais 'visibilidade', digamos assim, no saber e progresso humanos. Pois um sábio, um cientista, um 'cérebro'*, como se costuma dizer, é geralmente mais tido em conta que um filósofo, um pensador, um intelectual - o que não significa que sabe mais. Mantém-se, portanto, uma clivagem difícil de compreender.
A questão que coloco é a seguinte: a filosofia com ciências virá, se não superar esta dificuldade, pelo menos repensá-la, fazendo com que filosofia e ciências sejam reformuladas a uma outra luz, ou seja, estabeleçam um outro e novo diálogo entre elas?*
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*Transcreve-se a 8ª questão pelo facto de na sua formulação escrita haver um ou outro elemento que nos pareceu relevante e que não foi referido em vídeo.
*P.S. : "Os cérebros que olham para o cérebro", título de um artigo de Ana Gerschenfeld no jornal Público (24/09/2011) a propósito do "I Simpósio Champalimaud de Neurociências" com sessão inaugural de António Damásio.
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'zona (campo) não fenoménica correlativa'
'o dizer-(que)-pensa-o-ser'
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Esse teu reconhecimento de que não és tão decisivo na produção de novas noções, de novos conceitos, abonará a favor do que eventualmente podes trazer de novo no campo da Filosofia e das novas propostas fenomenológicas que tanto defendes?
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'Rdoa => restr -> rreg' (Retiro doador, retiro estrito, retiro regulador)
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Esta entrevista foi realizada por Luís de Barreiros Tavares e registada em vídeo por Milá (Maria dos Milagres) a 22/07/2011 na casa de Fernando Belo em Colares.
Montagem: Milá.
Duração: 64.33 min.
Estruturação do Blogue: Luís Tavares.
Fotografias: Por Teresa Joaquim e Milá.
Apoio informático: Sérgio Lopes.
Câmara: Samsung 65x Intelli-zoom, hyper DIS, Schneider.
Milá: http://epipiderme.blogspot.com
Agradecemos a Fernando Belo ter aceite o convite para esta conversa.
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Café Cintia - Sintra
No caminho - Sintra
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Congratulamo-nos com as cerca de 550 visualizações que este blogue recebeu nas primeiras duas semanas de divulgação.
Um blogue de Fernando Belo e Luís Tavares
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