sábado, 7 de dezembro de 2013

1. Fernando Belo - «Porque é que as ciências precisam de laboratório? (determinação e indeterminação no âmbito da Filosofia com Ciência)» - «Pouquoi les sciences ont besoin du laboratoire» 2. Entrevista a Fernando Belo – por Sérgio Costa e Luís Tavares



International Conference Philosophy of Science in the 21st century - Challenges and Tasks - 4-6 December 2013 | Lisbon, Portugal
1. Fernando Belo - «Porque é que as ciências precisam de laboratório? (determinação e
indeterminação no âmbito da Filosofia com Ciências)».
«Pourquoi les sciences ont-elles besoin du laboratoire»


Ver texto de conferência em:

2. Entrevista a Fernando Belo – por Sérgio Costa e Luís Tavares












LT: Estive a ouvir parte da tua comunicação no computador enquanto tomava o pequeno almoço e depois tive de sair.
Como é que posicionas o engenheiro e o cientista no contexto do laboratório, uma vez que defendes haver aplicações de domínio científico por parte do engenheiro (por exemplo, relativamente ao automóvel) que não dizem respeito à ciência quântica e à de Einstein que são  tidas geralmente como substitutas da ciência de Newton, quando pelo contrário, é esta última ainda vigente nas tais aplicações atrás referidas? Será necessário reflectir sobre o papel do engenheiro e do cientista nas suas diferenças no contexto do laboratório mas também do aleatório (por exemplo do tráfego) fora daquele? Se bem entendi, há questões filosóficas que se jogam entre o engenheiro e o cientista. Ou não? E como? Como se problematizam estas questões na leitura que fazes da Filosofia com Ciências?


07/12/2013

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FB: Se leres o texto da comunicação, que lá não li, acho que é mais claro; improvisando oralmente com tempo curto, a coisa certamente que fica baralhada.
1º o laboratório do cientista, físico ou químico, descobre experimentando, supondo uma teoria vinda de outras experimentações e buscando alargar essa teoria na parte da experimentação que leva a efeito. Pode ter que descobrir uma equação adequada, cujas variáveis são verificadas nos resultados da experimentação (ex. com espaço, tempo, velocidade, aceleração). O laboratório do engenheiro inventa um artefacto novo, recorrendo a várias rergiões da física e respectivas equações que lhe permitem dimensionar esse artefacto. A questão entre eles é que são as equações que são decisivas, as interpretações delas podem variar (como acontece na questão a seguir: Newton é lido de maneira diferente por Einstein e pelos quânticos).
2º as equações da física da relatividade só funcionam para velocidades perto da da luz, para as velocidades dos artefactos da maior parte das engenharias essas equações resultam nas de Newton. O mesmo para a mecânica quântica cujas equações têm a ver com dimensões espaciais da ordem das partículas sub-atómicas: em dimensões macroscópias, as equações são as de Newton.
3º o fora do laboratório é crucial para o engenheiro: qualquer tipo de máquina tem que se ter em conta o trabalho que ela vai fazer. É o cientista que se pode descuidar mais do fora do laboratório, mas é nas biologias que isso me parece mais óbvio (texto sobre Damásio e T. Avelar, no blogue filosofia mais ciências 2). A questão teórica mais grave que ponho ao físico tem a ver com a noção de energia e de força atractiva (gravidade, nuclear, electromagnética), que exponho a partir de Feynman em texto a publicar (ou em francês no blogue philo avec sciences 2).


07/12/2013

Texto da comunicação:


Vídeo da comunicação nesta mensagem ou  nesta ligação:
https://www.youtube.com/watch?v=vrx7ulPlfZE&feature=c4-overview&list=UU5mZ3LtH1nRFdlKb_xBo6lQ